domingo, 8 de janeiro de 2012

Cleides Amorim, mais uma vítima da violência e do preconceito


Estou chocado com a notícia de que o professor universitário Cleides Antônio Amorim foi morto barbaramente, a facadas, no município de Tocantinópolis, onde ele era professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Segundo noticiam os jornais, o tenente PM José Ribamar Maciel Martins disse que o professor estava acompanhado de dois amigos e bebiam num bar, quando Gilberto de Sousa se aproximou e sentou à mesa ao lado. Testemunhas relataram que Gilberto chegou ao local embriagado e começou a gritar “nessa mesa só tem veado”, se referindo à mesa do professor.
Em seguida, ele teria discutido com a vítima, pegou uma faca, desferiu um golpe contra o professor e deixou o local. Revoltados, os amigos do professor destruíram a moto do autor do crime, que está foragido.
Quando soube da notícia, que, aliás, me foi dada pela minha filha, fiquei chocado. A minha perplexidade deriva do fato de conhecer e ter convivido com o professor Cleides Amorim. Ele era uma pessoa pacífica educada e muito querida nos lugares por onde passou (Ufma, Uft, UFRGS).
Conheci o professor Cleides Amorim, quando ele ainda fazia a graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e eu, na época, cursava o Mestrado de Políticas Públicas.
O professor Cleides Antônio Amorim era natural de Goiás. Graduou-se em Ciências Sociais pela UFMA, no ano de 1996; fez mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Foi professor da Uema e orientador de um grupo de Antropologia, coordenado pelo professor Sérgio Ferreti, na UFMA.
Atualmente Cleides Amorim era professor assistente, coordenador do curso de Ciências Sociais e ministrava aulas nas disciplinas de Antropologia II, Introdução à Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais, Sociologia da Educação e Tópicos Especiais em Antropologia, na U. F. T.
Cleides Antônio Amorim nos deixa precocemente, por um ato brutal, premeditado por um bêbado, preconceituoso, irresponsável, mal intencionado. A UFT perde um excelente professor, comprometido com a qualidade do ensino daquela instituição e com a formação dos alunos do Campus de Tocantinópolis. Resta-nos o grito misto de lamentação, revolta e, que fique registrado o nosso desejo de justiça.
Obrigado por comentar.

Um comentário:

Alessandra disse...

Acabo de saber do que aconteceu e ainda estou em choque, fui aluna dele na Faculdade Santa Fé aqui em São Luís e posso garantir que a UFT perdeu um excelente professor, o melhor que ja tive. Deixo registrada minha indignação por esse caso ainda não resolvido, o assassino deve ser punido, apesar da perda ser irreparável.
ps: ainda não consigo acreditar nisso!