quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quanto custa a atenção?

Há muito eu venho batendo nesta tecla. Atenção é um bem social de primeiríssima necessidade. No âmbito familiar eu a reputo como o bem mais precioso que se pode obter.
Por se tratar de bem de primeiríssima necessidade social, a sua falta é causa de transtornos ao espírito humano e por extensão à sociedade.
Já faz muitos anos que a estrutura padrão da família brasileira era formada, basicamente, por um pai provisor e uma mãe cuidadosa. Ao pai, era reservado o papel de buscar o sustento da família fora de casa, enquanto à mulher, cabia o papel de cuidar da família – filhos e marido. O pai era a cabeça da família, de onde, teoricamente, emanavam as ordens, as decisões. Sim, era isso que se propagava há alguns anos atrás. Ainda que se percebesse uma série de manifestações sociais que implicariam na mudança radical desse modo de vida.
Bem, as transformações socioeconômicas que se processaram na sociedade desfizeram o binômio pai provedor/mãe cuidadosa. A sociedade, a cada dia, exige que os pais deem aos filhos uma educação mais complexa e onerosa. Educação essa delineada pelo tal mercado de trabalho. Agora não é mais a família quem escolhe o que seu filho vai ser, mas o próprio filho faz a escolha em função das suas habilidades, é claro, visando exclusivamente o mercado de trabalho. É o mercado que determina.
Enquanto isso, no Brasil, o Estado de Provisão cedeu espaço ao Estado de Corrupção. Neste os serviços públicos que poderiam desonerar a família exercem força contrária, pela escassez, ínfima abrangência, má qualidade ou até por inexistir em alguns lugares. A escola pública de má qualidade, a saúde pública, a segurança transformaram-se num caos, a segurança praticamente inexiste para alguns setores da sociedade.
Tantas foram as transformações que oneraram a família que não deu mais para a mulher cuidadosa sobreviver. Ela desaparece e cede lugar a mulher companheira, mulher solidária, a mulher trabalhadora, que também tem que sair de casa em busca de trabalho uma vez que o salário do marido é insuficiente para cobrir o sustento da família. À proporção que o Estado corrupto se agiganta, a família tem que buscar no mercado serviços que antes eram prestados no âmbito estatal.
E essa nova condição familiar nos impele a responder uma interrogação central: quem, nessa nova formatação familiar se encarrega de cuidar dos filhos? Eles ficarão entregues à babá, à empregada, à escola? A quem cabe o papel de cuidar dos filhos? Claro que esse é um dever dos pais. Mas o problema agora é que esses pais estão ocupados com outras tarefas. E, acima deles, há chefes cobrando que essas tarefas sejam feitas em tempo hábil, em quantidade satisfatória, na qualidade desejada ou imposta por um padrão de trabalho, e num padrão economicamente lucrativo. Não bastassem essas pressões, outra se sobrepõe: a necessidade de buscar um ganho suficiente para pagar uma educação adequada para os filhos.
Vejam o paradoxo. É justamente a necessidade de assistir melhor aos filhos que impõe que os pais deixem a educação dos filhos sob a responsabilidade ou irresponsabilidade de terceiros.
O que a vida nos tem mostrado é que a falta de atenção que esse novo modelo impõe aos filhos tem resultado em inúmeros tipos de doenças sociais. Introspecção, timidez, agressividade, violência, desinteresse por princípios morais que norteiam a vida em sociedade, consumismo desenfreado, consumo exacerbado de bebida alcoólica e de drogas socialmente proibidas, nervosismo seguido de enjoos, náuseas, vômitos, anorexia, dores estomacais e outros sintomas constitutivos de doenças socialmente contraídas em decorrência da falta de atenção em algum momento da vida infanto-juvenil.
Não defendo em nenhum momento a volta a um modo arcaico de organização familiar, nem tampouco o patriarcado machista, entretanto, desejo aqui chamar a atenção de que nem tudo que rotulamos como moderno é o melhor para a nossa sociedade e, ainda, que fóruns de discussão devem ser constituídos para encontrarmos alternativas de vida socialmente mais salutares.
Ainda que muitas mulheres do nosso tempo optem pelo que chamam de produção independente, observamos que esse termo e a ação que ele pretende nomear não se adéquam a concepção da vida humana. Filhos resultam da união de um homem e uma mulher – pai e mãe. Durante o desenvolvimento da criança, a atenção do pai e da mãe é importante na sua vida. Eles têm papéis imprescindíveis e intransferíveis na vida dos filhos. Por mais que mestres, parentes e empregadas domésticas colaborem na educação dos filhos jamais substituirão os pais. É necessário que haja convivência, carinho, cuidados, ensinamentos, delimitação de direitos e deveres, educar para a vida. É da convivência entre pais e filhos que é engendrada a cultura de uma família. A cultura de uma família é o seu DNA socialmente constituído. A cultura familiar é muito importante na formação do caráter dos filhos.
Costumo dizer que filhos carentes de atenção são sérios candidatos a clientes de terapeutas, frequentadores de delegacias de polícia, protagonistas de páginas policiais e outras coisas do gênero. Enfim, filhos desassistidos podem ser muito caros à sociedade. Por isso, importa que a família seja pensada de forma mais intensa pelas políticas públicas, à proporção que famílias equilibradas fazem bem à sociedade. Claro que há exceções já que a vida em sociedade não segue um curso linear. Como certa vez ouvi de um experiente pai, numa reunião escolar: “para se fazer de um filho um bom cidadão, há que se fazer tudo certinho e ainda ter um pouco de sorte, do contrário, os pais podem fazer tudo certo e ainda sair tudo errado”.
Que fique claro, a atenção aos filhos é bem imprescindível e muito caro, contudo, não pode ser paga com celulares modernos, tênis importados, roupas de marcas, ou dinheiro farto para curtir a balada. O risco de monetarizar a atenção familiar pode ser traduzido no esforço de se fazer um furo no ar. Em outras palavras, é um atalho que não nos leva a lugar nenhum.

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sábado, 17 de setembro de 2011

Amigos e leitores, com a palavra o meu amigo/irmão Heleno Fournier

Luiz Fernando, meu irmão, não deu pra segurar. Depois de varias conversas com Dona Jesuslene, que insistia em me falar que a página era do LF e não do HF que eram pra ser postados só pequenos comentários não me contive, desculpe, tive que mandar meu “recadinho”.

A intimidade com a perna esquerda, no fino trato da bola em um dia de domingo, emoldurado pelo sol irradiante...

...Daqueles que convidam para uma praia em nossa querida São Luis, aqueles finais de semana em que todos saíam lá pelas nove da manhã para botar o papo em dia com os amigos no bairro do Codozinho, na Euclides da Cunha, Codozinho de Cima, Rua Branca ou como preferir.
Bem estávamos lá costumeiramente para decidir onde íamos jogar. Comentávamos também sobre as festinhas em que estivemos no sábado, as músicas novas, as minas por lá presentes sempre em um comentário bem sadio, e nessa manhã o pano de fundo era a casa de Benedito, que do lado de dentro estava na janela, era o anfitrião do bate papo, do lado de fora estavam em pé na calçada Joca, Chico Baia e Heleno, o Fournier que morava lá em cima no começo da rua, Betinho, Bebê, filho de Dona Maria Baixinha (Baixinha era só para identificar pela sua estatura, essa querida mãe entres muitas outras no bairro, também chamadas de Maria). A conversa desenrolava-se comandada e regada pela franqueza habitual de Joca e as colocações sábias e cheia de humor de Chiquinho Baia, esse poeta que convivia em entre nós no dia a dia. Enquanto a roda de conversa prosseguia nossa atenção voltava-se para toda a extensão da rua, pois já rolava uma bola de futebol de praia no asfalto, que com muito cuidado era tocada de modo a não ir de encontro às casas, pelo risco de causar danos, devido ao seu peso, e enquanto não havia uma quantidade maior de amigos que deveriam decidir onde iríamos jogar, e com todo cuidado a bola era dominada e chutada batendo no pé e no chão emitindo um som característico e só quem viveu aqueles dias conhece, e assim a bola corria “solta”.
Entre todos aqueles sons de uma manhã de domingo e também com algumas radiolas em funcionamento na redondeza, surge, saindo da casa do saudoso Serrote um jovem adolescente franzino, negro e bem alto para os padrões costumeiros da época, trajando somente um calção de banho amarelo naqueles dias chamado de: biquíni de praia. Com a mão apoiada na carroceria do caminhão de Serrote foi logo chamando, com uma voz que o marcaria e caracterizaria sua presença e personalidade. Mas, não para por aí esse jovem chamava em tom bem alto e claro: - Eliane, minha prima, você não vai à praia? Já são nove e meia! Nesse momento nossa roda de conversa silencia, pois essa cena chama atenção e com um olhar de interrogação de todos nos surge à pergunta quem é esse aí? Imediatamente Joca explica: esse é meu primo, veio lá de Rosário, não ta nem aí, já sai de biquíni de dentro de casa e vai pra praia, olha só. Na verdade Joca tem razão, ele aproxima-se da roda de passe da bola e vai chutando a esfera com a perna esquerda mostrando muita habilidade no trato da bola.
Nesse dia muitos vieram aumentou o número de amigos, uns entraram na roda de conversa, outros no contato com a bola, e foi decidido: a bola seria na praia, aí não deu pra mim a grana na época era curta, quase nada, e o jeito foi trocar alguns toques de bola com aquele jovem que batia bem com a perna esquerda, logo em seguida ele e os outros seguiram pra praia e eu por lá fiquei.
Assim Foi meu primeiro contato com aquele que tive o privilégio de contar com a sua sincera amizade, que se estendeu aos meus genitores, que muito o admiraram.
Valeu irmão, aprendi muito com você.

helenofournier@hotmail.com

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sábado, 10 de setembro de 2011

Messias Rabelo, o nosso grande Messias Peru

Para falar a verdade, eu era um grande admirador do Messias Peru, mas não o conhecia tanto, como os meus contemporâneos de Codozinho. Isto porque, quando ali cheguei o Messias já não aprontava tanto. Muito do que sei são hestórias contadas nas nossas rodas de conversa, na calçada de dona Belisa (ou Bilisa, como a chamavam algumas senhoras), na calçada de Bibi, no terreno da Turma do Saco, no Beco, ou melhor, na esquina da casa de seu Viégas.
Antes de amarrar o meu cavalo no Codozinho, Messias tinha o hábito de parar nas rodas e bater papo com a rapaziada. As conversas, dizia a lenda, eram animadas e muito bem humoradas. Ele contava muitas mentiras, mas ninguém podia rir, sob pena de levar cascudo, e ele, o Messias, ainda se queixar aos pais de que fora desrespeitado pelo garoto Fulano de Tal, o que, de modo geral resultava em surra para o sorridente incrédulo.
O certo é que Messias é uma lenda do Codozinho. Exímio dançarino, boa vida, sempre de bem com vida. Invariavelmente, andava alinhadíssimo, muito bem vestido, na pinta, como se dizia na época. A voz grossa, quase gutural, impunha um ar categórico em tudo que pronunciava. Era um homem de mais ou menos 1,80 m. Tinha sempre uma tirada “no bolso” para cada um que o cumprimentava.
Messias era jornaleiro, mas se vestia como um jornalista, não como um jornalista qualquer, mas como um jornalista bem sucedido, do alto escalão da sua categoria e de classe média alta. O cara era abusado. Vendia jornais do Rio de Janeiro (O Jornal do Brasil) e de São Paulo (a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo), à frente do antigo Hotel Central, para a elite refinada e bem informada de São Luís.
Refinado, posudo, Messias ficava à frente do Hotel, com os jornais arrumados à sua frente, entretanto, ele ficava batendo papo, paquerando uma ou outra mulher bonita que por ali passava, fazendo de conta que nada tinha a ver com os jornais que ali estavam. Sapato bicolor (preto e branco), camisa de mangas compridas, de tricoline, ou linho, calça de linho ou tergal e, para variar bleise. Sempre muito bem engomado. Quem não conhecia o cumprimentava como doutor. No Codozinho, contudo, todos sabiam quem era o Messias Peru, o jornaleiro. Para mim, era uma espécie de ídolo, um anti-herói que eu sublimava. Me divertia ao vê-lo passar, voltando da feira da Macaúba, quando Colozinho perguntava: - e aí Messias, o que você vai comer hoje? E ele respondia: - Peru, com arroz a la grega. De pronto, a turma se espatifava de rir, pois todos estavam vendo que na cesta do Messias continha alguns gramas de carne de segunda, uns galhos de vinagreira, que se sobressaíam aos maxixes, quiabos e fatias de jerimum. Era justamente isso que eu mais admirava nele. O modo como ele encarava a vida, a sua alta autoestima, o lugar social imaginário que ele atribuía a si próprio.
Outra vez, era Natal e Messias retornava da feira e o Colozinho depois de fazer aquela pergunta tradicional e ele responder que a ceia de Natal dele teria um cardápio superrefinado, pediu que o Colozinho lhe fizesse um favor: organizar a meninada toda do Codozinho enquanto ele ia deixar as compras em casa. Quando ele voltasse distribuiria um velocípede para cada criança.
Presepeiro, dizia a lenda. Certo dia passou um maiobeiro vendendo frutas e verduras. Messias foi tirar uma onda com o cara, que não gostando, tirou a canga (o pau que colocava nos ombros carregando os cofos) e saiu emendando Messias de varadas. Messias, que não era besta nem nada, colocou sebo nas canelas e só parou quando entrou em casa e fechou as portas. Fatos como esse, provocavam verdadeiro alvoroço no Codozinho.
Certa vez, Messias conversava na calçada com uma turma de garotos e rapazes. Conversa pra cá, conversa pra lá, o assunto se inclinou para a sétima arte e foi parar em filme de bang bang. Messias então, falou das virtudes de Django, grande atirador dos filmes do tipo, da época. Disse ele, que Django era tão rápido no gatilho, que chegando numa boate certa vez, observando as luzes em pisca-pisca, enquanto umas piscavam ele quebrou, com tiros, todas que estavam acesas. Aí, meus caros, não deu outra, a rapaziada se extasiou em risos e ele saiu distribuindo cascudo na moçada e perguntando sério: - vocês acham que estou mentindo? Ora me respeitem, senão ainda vou dizer pros seus pais que vocês estão faltando com respeito comigo.
O melhor do Messias Peru não era a mentira absolutamente absurda que ele contava, mas, ver a turma se segurando pra não rir, com medo de levar cascudos. As pessoas se entreolhavam fazendo o maior esforço pra não sorrir.
Assim que fundamos a Turma do Saco, havia uma rixa com os blocos do Lira. Coisa da antiga...ressentimento do tempo de Os Intocáveis e Os Gaviões. Este do vizinho bairro do Lira e aquele o precursor da Turma do Saco. A Turma do Saco estava de volta ao Codozinho e os Gaviões seguia o mesmo percurso em rumo ao Lira. Ao sairmos da Praça da Saudade, o bloco Os Gaviões encostou na Turma do Saco e Alguém avisou que se tratava do pessoal do Lira. Então o pessoal do Saco parou para não dar passagem para eles. Ocupamos a rua de um lado ao outro e eles começaram a forçar a barra, querendo passar na marra. Uns participantes do bloco, quando sentiram a coisa feia, correram no Codozinho e avisaram que estava prestes a acontecer uma grande briga entre os dois blocos. Nesse momento, as pessoas vieram ao encontro do bloco, não sem antes se armarem do que puderam. Quando todos pensavam que o conflito fosse se desencadear, o nosso anti-herói entrou em cena. Os filhos de Messias Peru, João e Jorge participavam da Turma do Saco também.
Messias, primeiro, com aquele vozeirão, mobilizou um cordão de proteção, fez a Turma do Saco ocupar apenas a via esquerda da rua, que era, justamente, a direção do Codozinho. Chegou junto aos Gaviões e ordenou: - passem pelo outro lado... e eles obedeceram prontamente, desfazendo-se então, a possibilidade de um conflito que certamente, teria sérias e lamentáveis consequências. Se todo mundo tem o seu dia de herói, naquela noite, Messias Peru se fez um grande herói e, ainda que no dia seguinte, nós brincássemos, comentando que a briga foi terminada pelo homem mais frouxo do Codozinho, o certo é que nós todos nutríamos grande admiração por Messias.
Por ironia da vida, os filhos dele me chamavam de tio. Foi engraçado como isso começou. Influenciados pela Turma do Saco, os meninos começaram a freqüentar a casa da minha mãe. Eles faziam parte da bateria mirim. O João era muito gozador e, uma tarde ele estava lá em casa zoando, me aporrinhando a vida e eu o disse que ele devia me chamar de tio. Ele me perguntou por quê, e eu o revelei que a mãe dele, a Tânia era noiva do meu irmão Zé Pitó, quando casou com o pai dele. E só para aporrinhar com ele, eu disse: - quase que você seria meu sobrinho. E o João, pra me sacanear mais ainda, passou a me chamar de tio. Minha mãe se divertia ao vê-lo aprontando lá em nossa casa.
Enfim, o nosso querido Messias Peru era um codozinhense de ótima cepa. Como dizia o grande Jorge Ben Jor – “Se malandro soubesse o quanto é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem, caramba”...Messias cumpria a escrita do Jorge Ben à risca. Viveu sempre honestamente só por malandragem, sem, contudo, dar muita bola para o trabalho, embora trabalhasse. Era uma pessoa do bem.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Amigos e leitores

Meu querido amigo Luiz "Prego"(nossa amizade me permite tratá-lo assim), foi com grande alegria tomei conhecimento de teu Blog. Aparecida de D.Elza (Dra.só no consultório) quem me falou. Daí então, sempre faço uma visita para reviver os bons momentos de convívio em nosso querido CODOZINHO. Poxa!, amigão quantas lembranças agradáveis de nosso bairro. Tens uma memória incrível...Poxa, que legal!!! As presepadas de Carmem trovão; as descargas elétricas e as jamantas de Luiz Carlos; as piadas de Diquinho; as "brigas" de Zeco e Fussura; as pescarias de Henrique Pilú (Zé Cabeça, segundo Zeco)...enfim: Chiquinho Baía, João Quim, Rogério Ratinho, César Giboia, César de Almir, Colozinho, meu compadre Wallace, Zequinha, Ezú, Deco, Elzinha, Evaldo(saudoso), Joca, Serrote (as famosas pancadas em nossas canelas), Zé Pedrada, Ribinha, Zé Benedito, os irmãos Cavalcante, "Seu" Cabeça (técnico/preparador físico de nosso time de futsal Benfica) e muitos outros que fizeram história/hestória alí naquele glorioso pedaço de S.Luiz... Por fim, um grande abraço deste teu amigo (hoje, jovem aposentado do B.Brasil) daqui de Presidente Dutra-Ma. Estou à disposição de todos os amigos...

PS: Depois te mandarei:"As aventuras de ZECO e FUSSURA", quando eu levei a Roda de Samba da Turma do Saco pra tocar na AABB de Grajaú-MA.
Por BAYMA em Codozinho: o lugar e as suas personagens em 16/08/11

Meu caro Tontonho, Antôno Carlos Baima, esta foi a forma que encontrei para estar junto de vocês, amigos queridos e inesquecíveis. Nasci em Rosário, mas passei a maior parte da minha vida no bairro do Codozinho. Fiz o blog em 2008, para escrever artigos voltados às Políticas Públicas, depois resolvi fazer uma série de artigos sobre a minha terra, que também foi uma experiência legal. Muitos conterrâneos leram e comentaram.
Agora, por sugestão de Socorrão, que lá do Rio de Janeiro leu o blog e sugeriu que eu falasse sobre o Codozinho. Agora estou vivendo a síndrome de Romário – não estou conseguindo parar. A cada instante um amigo escreve e sugere que eu escreva sobre algo, ou alguma pessoa e, lá vou eu...
Adoro escrever e, morando no interior, sem cinema, sem amigos músicos com quem pudesse me reunir para tocar, sem teatro, ou outro tipo de manifestação cultural que propiciasse o entretenimento saudável, sem álcool, resolvi por em prática dois projetos: o blog e uns escritos sobre a minha atuação como engenheiro agrônomo de uma instituição bancária, atuando na região do Bico do Papagaio, na região Norte do Estado do Tocantins. O primeiro projeto está legal. De vez em quando uma pessoa educada, assim como você, tece comentários que me estimulam a continuar escrevendo. Por falar em Tontonho, nem sei se já falei daquele momento da sua paixão pela Beth, quando vocês namoravam, que você e outros colegas do bairro foram fazer uma serenata pra ela, com um toca disco e foram todos presos...coisas do nosso querido Codozinho.
Bayma, você com o teu jeito manso e educado de tratar os amigos, com os dribles fenomenais nas nossas peladas na Areinha, ou nos jogos de futebol de salão nas quadras do Colégio Maristas, no Ginásio Costa Rodrigues, no Charles Moritz, ou mesmo na quadra do velho Sesi também contribuiu para nutrir a nossa felicidade de pertencermos àquele pedaço de chão da nossa querida São Luís. Fico aguardando “As aventuras de ZECO e FUSSURA”. Um forte abraço, amigo. (luizfrlinhares@hotmail.com)

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Amigos e leitores

Vejam esta linda poesia com a qual o nosso amigo Chiquinho Baía veio nos brindar. Muito obrigado, Chiquinho!

Por silva em Codozinho: o lugar e as suas personagens em 09/08/11

Te mando um poeminha:


De nós dois,
Eu sinto que sou mais feliz,
E não minto, morro só mais faço enquanto tu,
Morres mais do que eu de braço em braço.
Quis te amar, não pude,
Quis te odiar evitei,
Então bendisse aos céus,
Por me ter sido rude,
E pelos momentos que mais te amei
Sei que para o porvir,
A verdade me virá santa e crua,
Como sei também que minha alma será sempre tua

Luiz, já te mandei algumas informações sobre o Mojore, poesias minhas, mas não sei se recebeste. Me manda confirmação através do meu e-mail, que tb já te mandei, vou mandar de novo: franciscobaia8@gmail.com, quero colaborar com tua página está ótima. Abraços, Baia.
Por silva em Codozinho: o lugar e as suas personagens em 22/06/11

Caro poeta Francisco Baía, desculpe-me, mas, este texto não se trata de um poeminha, mas é uma poesia, poesia da boa e, eu fico muito honrado em publicá-la no meu blog. Agora você me lembrou o calouro que se apresentou em um programa e o apresentador o perguntou: - o que você vai cantar? Ele respondeu – “Um sambinha do Ari Barroso”. Então, o apresentador disse que ele estava desclassificado porque Ari Barroso não tinha sambinha. Assim também eu te digo, Francisco Baía não assina poeminha, só poesia de boa qualidade! Um grande abraço, poeta!

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Amigos e leitores

Eu, como uma geração mais nova do "Codozinho" fico muito feliz em conhecer boas histórias vividas aqui, seja sempre muito bem vindo. Obrigada!
Por marilia em Crônicas sobre o Codozinho em 20/02/11
Querida Marília (bem poderia chamar-te de sobrinha), eu também fico muitíssimo feliz em tê-la como leitora da Página do LF. Saiba que cada vez que um/a codozinhense lê o blog e comenta um artigo, uma crônica, eu lembro de mais hestórias. Quando li o seu comentário lembrei-me do jogo de baralho na minha casa, onde a dona Inês, tua avó, e dona Joana Palitó, a minha mãe, eram as parceiras mais ilárias e barraqueiras que se pode imaginar. Um abração extensivo ao Nazareno e Rosário (papai e mamãe).
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Achei muito memoráveis, algumas dessas lembranças, não lembrava mais, amei primo... vale ainda lembrar, que um dos fundadores da Turma do Quinto juntamente com Graco foi Nataniel Barata, primo de papai, hj há descendentes na Madre Deus...bjs
Por SANDRA em O Codozinho e o Mojore em 24/02/11
Querida prima Sandra Mayla, é com muito prazer que eu recebo você na Página do LF. Gostei da ajuda-memória. Bem lembrado, o nosso saudoso Nataniel Barata, que a minha mãe o lembrava muito. Ele foi o presidente da Turma do Quinto nos tempos áureos dessa Escola de Samba. Ele foi um dos principais fundadores, junto com os meus tios Lousa (Inocêncio Linhares, cuiqueiro, que batizou a escola de Turma do Quinto) e Careca (Joaquim Paz de Linhares, que era compositor). De fato, essas figuras são lendárias. Beijos, prima!
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Compadre, eu sempre achei que sabia tudo sobre o nosso querido Codozinho. Quanto engano, confesso que eu não sei quase nada, mas agora eu corro pro abraço...está sendo muito bom ler os seus artigos, verdadeira aula de história.
Por Laurindo Teixeira em De Rosário a São Luís em 28/02/11

Meu compadre/irmão Laurindo, quero somente escrever sobre um momento muito importante das nossas vidas. Não tenho qualquer pretensão além desta - escrever. Naquele tempo, tivemos uma convivência pra lá de boa, apesar da brigas, dos conflitos, do divisor de águas no plano das ideias daqueles que faziam a Turma do Saco. Tenho plena certeza que você lembra muitas coisas que podem dar mais vida à Página do LF. Continue lendo e comentando. Isto nos dá mais gás. Um beijo, meu irmão.
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Primo, não lembro, mas gostei da lembrança, quanto as festas realmente acontecia dessa maneira, rsrsrsrs. bjs Sandra. continue escrevendo.
Por Anônimo em De Rosário a São Luís em 01/03/11.
Te dou razão, Sandra, de lá pra cá são décadas, muitas histórias já rolaram e nós vamos esquecendo mesmo. Por isso que tudo, ou quase tudo que aqui escrevo eu chamo de hestória (porque a um só tempo é história e estória), porque é tudo informação primária, coisas que eu lembro, que as pessoas contavam, mas, principalmente, coisas contadas do meu ponto de vista. Tenho certeza que, provavelmente, no próximo carnaval, quando nos encontrarmos, cada um terá contribuições importantes, acrescentando coisas que não me ocorrem no momento. Abração!
Obrigado por comentar.