Há muito a imprensa nacional e estrangeira, em
todas as suas formas, anuncia os desastres ecológicos decorrentes dos maus
tratos dados ao meio ambiente, de forma especialmente devastadora, pelos
proprietários de terra praticantes de alguma forma de monocultura, a outrora
denominada plantation.
Não precisamos ser ecologistas ou ter qualquer
outra formação correlata para percebermos que o aumento da temperatura global
tem sido proporcional ao desmatamento desenfreado e outros tipos de agressão
nocivos à conservação ou preservação da flora e, consequentemente, da fauna.
No Brasil, onde temos sofrido com, além das
alterações verificadas na temperatura atmosférica, mudanças sensíveis no regime
pluviométrico das diversas regiões, as autoridades, excepcionalmente, àquelas
ligadas ao segmento produtivo chamado agronegócio, lutam para perpetrar
mudanças significativas no arcabouço legal dirigido à proteção do meio
ambiente.
Ainda que pese o aumento do espaço conhecido como
veranico, as cíclicas secas, a má distribuição das chuvas nas regiões do
semi-árido, a sensível diminuição do volume das águas de barragens, rios,
lagos, açudes, represas e outros corpos d’águas superficiais, que implicam em
forçadas reduções significativas no consumo humano e animal, provocando neste a
diminuição do rebanho, e naquele racionamento indesejado, é imenso o apelo para
que haja, da parte das autoridades ambientais, concessões no sentido da
permissão de ações antrópicas no âmbito do processo produtivo rural que
implicam no aumento da devastação de florestas.
Observando essa insensatez, lembro-me do
catastrófico naufrágio do Titanic, de modo especial, na cena que mostra a
orquestra tocando aplicada e animadamente enquanto o navio aderna. Lamentável
ver esses irmãos brasileiros orquestrando ações ditas produtivas em detrimento
da preservação ou conservação do meio ambiente, ou ainda, o que é pior, da
própria sustentabilidade das atividades produtivas que lhes sustentam
economicamente.
Pensando de maneira insana
no aumento dos seus ganhos financeiros, mal ou sequer percebem que as práticas
produtivas insustentáveis lhes conduzem no sentido diametralmente oposto.
Assim, ao invés de comporem o trem da produção de riquezas, embarcam, tal qual
os músicos do Titanic, indiferentes aos cuidados requeridos pela mãe
natureza, infringindo as leis ambientais, no navio furado que os levam ao
afogamento na minimização dos fatores de produção imprescindíveis causada pela
ocorrência dos desastres ou catástrofes ambientais.
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