quinta-feira, 7 de março de 2013

O Titanic da ecologia nacional




Há muito a imprensa nacional e estrangeira, em todas as suas formas, anuncia os desastres ecológicos decorrentes dos maus tratos dados ao meio ambiente, de forma especialmente devastadora, pelos proprietários de terra praticantes de alguma forma de monocultura, a outrora denominada plantation.
Não precisamos ser ecologistas ou ter qualquer outra formação correlata para percebermos que o aumento da temperatura global tem sido proporcional ao desmatamento desenfreado e outros tipos de agressão nocivos à conservação ou preservação da flora e, consequentemente, da fauna.
No Brasil, onde temos sofrido com, além das alterações verificadas na temperatura atmosférica, mudanças sensíveis no regime pluviométrico das diversas regiões, as autoridades, excepcionalmente, àquelas ligadas ao segmento produtivo chamado agronegócio, lutam para perpetrar mudanças significativas no arcabouço legal dirigido à proteção do meio ambiente.
Ainda que pese o aumento do espaço conhecido como veranico, as cíclicas secas, a má distribuição das chuvas nas regiões do semi-árido, a sensível diminuição do volume das águas de barragens, rios, lagos, açudes, represas e outros corpos d’águas superficiais, que implicam em forçadas reduções significativas no consumo humano e animal, provocando neste a diminuição do rebanho, e naquele racionamento indesejado, é imenso o apelo para que haja, da parte das autoridades ambientais, concessões no sentido da permissão de ações antrópicas no âmbito do processo produtivo rural que implicam no aumento da devastação de florestas.
Observando essa insensatez, lembro-me do catastrófico naufrágio do Titanic, de modo especial, na cena que mostra a orquestra tocando aplicada e animadamente enquanto o navio aderna. Lamentável ver esses irmãos brasileiros orquestrando ações ditas produtivas em detrimento da preservação ou conservação do meio ambiente, ou ainda, o que é pior, da própria sustentabilidade das atividades produtivas que lhes sustentam economicamente.
Pensando de maneira insana no aumento dos seus ganhos financeiros, mal ou sequer percebem que as práticas produtivas insustentáveis lhes conduzem no sentido diametralmente oposto. Assim, ao invés de comporem o trem da produção de riquezas, embarcam, tal qual os músicos do Titanic,  indiferentes aos cuidados requeridos pela mãe natureza, infringindo as leis ambientais, no navio furado que os levam ao afogamento na minimização dos fatores de produção imprescindíveis causada pela ocorrência dos desastres ou catástrofes ambientais.


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