Lá está ela no consultório médico. Age sempre como se fosse uma estrela, impondo uma formalidade que perde o feitio toda a vez que a voz dela fere os ouvidos dos clientes.
Pede que as senhoras falem em voz alta aquilo que elas mais detestam falar em público – o peso, a idade, a altura. Imaginem a cara daquelas em que a idade já vai além dos 30, as gordas e as de altura menor que um metro e meio.
Coitados dos anciãos que não entenderem ou confundirem uma informação qualquer. Se irritados ela sempre lhes solicita, em alta voz, que tenham calma. Calma é tudo que um ser humano que está se contorcendo de dor e carente de atendimento imediato detestaria ouvir.
Imaginem como soa aos ouvidos de uma pessoa, num consultório médico repleto de clientes, quando uma decepcionista pergunta: - qual é a sua altura? E ela tem que responder, - um metro e trinta.
Assisti uma vez uma secretária trapalhona teimar com um cliente que ele não lhe entregara o formulário de autorização de um exame ergométrico. O paciente dotado de uma fleuma britânica, lembrava que havia deixado com ela o tal papel, entretanto ela o dirigia um olhar de plena desconfiança e perguntava cheia de autoridade: - O senhor não levou a requisição do exame para casa?
- Não, respondia ele, sempre com firmeza e educação.
No entanto, depois de fazê-lo andar por vários cantos do hospital feito uma barata tonta, procurando alguma autoridade que lhe garantisse a realização do tal exame naquela data, uma vez que ele morava num outro estado distante dali, ela lhe aparece com uma cara de santa sacana e lhe diz: - seu Miguel, não é que a minha colega chegou e achou a guia da requisição do seu exame, dentro do meu arquivo!? De pronto uma outra decepcionista perguntou-lhe: - como? E ela respondeu, - não sei colega...
O Sr. Miguel, coitado, ficou com uma cara que era um misto de decepção e perplexidade e contentou-se em marcar o tal exame para outra data. Certamente, a decepcionista nem imaginou que aquele seu pequeno engano significara para o seu Miguel mais uma viagem, mais despesas, mais cansaço, além de afastamento dos seus compromissos profissionais.
As decepcionistas são assim: formadas, treinadas e até monitoradas para atenderem as pessoas. Ocupam lugar de destaque nas salas de atendimento das organizações (onde numa placa vê-se escrita a palavra RECEPÇÃO), têm status de carro chefe, mas no DNA têm um quê de embaraço, trapalhada e decepção.
Dez mil cursos de relacionamento interpessoal lhes sejam ministrados, cem mil livros de etiqueta lhes sejam disponibilizados e elas continuarão do mesmo jeito – atabalhoadas e carentes de boas maneiras.Se contratadas, Glorinha Kalil, Danuza Leão, Cláudia Matarazzo e outras tantas do ramo, para dar aulas de boas maneiras a uma boa decepcionista, com certeza, ao término do curso, esta estaria com os mesmos modos, e aquelas iriam direto para o hospício.
Pede que as senhoras falem em voz alta aquilo que elas mais detestam falar em público – o peso, a idade, a altura. Imaginem a cara daquelas em que a idade já vai além dos 30, as gordas e as de altura menor que um metro e meio.
Coitados dos anciãos que não entenderem ou confundirem uma informação qualquer. Se irritados ela sempre lhes solicita, em alta voz, que tenham calma. Calma é tudo que um ser humano que está se contorcendo de dor e carente de atendimento imediato detestaria ouvir.
Imaginem como soa aos ouvidos de uma pessoa, num consultório médico repleto de clientes, quando uma decepcionista pergunta: - qual é a sua altura? E ela tem que responder, - um metro e trinta.
Assisti uma vez uma secretária trapalhona teimar com um cliente que ele não lhe entregara o formulário de autorização de um exame ergométrico. O paciente dotado de uma fleuma britânica, lembrava que havia deixado com ela o tal papel, entretanto ela o dirigia um olhar de plena desconfiança e perguntava cheia de autoridade: - O senhor não levou a requisição do exame para casa?
- Não, respondia ele, sempre com firmeza e educação.
No entanto, depois de fazê-lo andar por vários cantos do hospital feito uma barata tonta, procurando alguma autoridade que lhe garantisse a realização do tal exame naquela data, uma vez que ele morava num outro estado distante dali, ela lhe aparece com uma cara de santa sacana e lhe diz: - seu Miguel, não é que a minha colega chegou e achou a guia da requisição do seu exame, dentro do meu arquivo!? De pronto uma outra decepcionista perguntou-lhe: - como? E ela respondeu, - não sei colega...
O Sr. Miguel, coitado, ficou com uma cara que era um misto de decepção e perplexidade e contentou-se em marcar o tal exame para outra data. Certamente, a decepcionista nem imaginou que aquele seu pequeno engano significara para o seu Miguel mais uma viagem, mais despesas, mais cansaço, além de afastamento dos seus compromissos profissionais.
As decepcionistas são assim: formadas, treinadas e até monitoradas para atenderem as pessoas. Ocupam lugar de destaque nas salas de atendimento das organizações (onde numa placa vê-se escrita a palavra RECEPÇÃO), têm status de carro chefe, mas no DNA têm um quê de embaraço, trapalhada e decepção.
Dez mil cursos de relacionamento interpessoal lhes sejam ministrados, cem mil livros de etiqueta lhes sejam disponibilizados e elas continuarão do mesmo jeito – atabalhoadas e carentes de boas maneiras.Se contratadas, Glorinha Kalil, Danuza Leão, Cláudia Matarazzo e outras tantas do ramo, para dar aulas de boas maneiras a uma boa decepcionista, com certeza, ao término do curso, esta estaria com os mesmos modos, e aquelas iriam direto para o hospício.
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