sábado, 17 de setembro de 2011

Amigos e leitores, com a palavra o meu amigo/irmão Heleno Fournier

Luiz Fernando, meu irmão, não deu pra segurar. Depois de varias conversas com Dona Jesuslene, que insistia em me falar que a página era do LF e não do HF que eram pra ser postados só pequenos comentários não me contive, desculpe, tive que mandar meu “recadinho”.

A intimidade com a perna esquerda, no fino trato da bola em um dia de domingo, emoldurado pelo sol irradiante...

...Daqueles que convidam para uma praia em nossa querida São Luis, aqueles finais de semana em que todos saíam lá pelas nove da manhã para botar o papo em dia com os amigos no bairro do Codozinho, na Euclides da Cunha, Codozinho de Cima, Rua Branca ou como preferir.
Bem estávamos lá costumeiramente para decidir onde íamos jogar. Comentávamos também sobre as festinhas em que estivemos no sábado, as músicas novas, as minas por lá presentes sempre em um comentário bem sadio, e nessa manhã o pano de fundo era a casa de Benedito, que do lado de dentro estava na janela, era o anfitrião do bate papo, do lado de fora estavam em pé na calçada Joca, Chico Baia e Heleno, o Fournier que morava lá em cima no começo da rua, Betinho, Bebê, filho de Dona Maria Baixinha (Baixinha era só para identificar pela sua estatura, essa querida mãe entres muitas outras no bairro, também chamadas de Maria). A conversa desenrolava-se comandada e regada pela franqueza habitual de Joca e as colocações sábias e cheia de humor de Chiquinho Baia, esse poeta que convivia em entre nós no dia a dia. Enquanto a roda de conversa prosseguia nossa atenção voltava-se para toda a extensão da rua, pois já rolava uma bola de futebol de praia no asfalto, que com muito cuidado era tocada de modo a não ir de encontro às casas, pelo risco de causar danos, devido ao seu peso, e enquanto não havia uma quantidade maior de amigos que deveriam decidir onde iríamos jogar, e com todo cuidado a bola era dominada e chutada batendo no pé e no chão emitindo um som característico e só quem viveu aqueles dias conhece, e assim a bola corria “solta”.
Entre todos aqueles sons de uma manhã de domingo e também com algumas radiolas em funcionamento na redondeza, surge, saindo da casa do saudoso Serrote um jovem adolescente franzino, negro e bem alto para os padrões costumeiros da época, trajando somente um calção de banho amarelo naqueles dias chamado de: biquíni de praia. Com a mão apoiada na carroceria do caminhão de Serrote foi logo chamando, com uma voz que o marcaria e caracterizaria sua presença e personalidade. Mas, não para por aí esse jovem chamava em tom bem alto e claro: - Eliane, minha prima, você não vai à praia? Já são nove e meia! Nesse momento nossa roda de conversa silencia, pois essa cena chama atenção e com um olhar de interrogação de todos nos surge à pergunta quem é esse aí? Imediatamente Joca explica: esse é meu primo, veio lá de Rosário, não ta nem aí, já sai de biquíni de dentro de casa e vai pra praia, olha só. Na verdade Joca tem razão, ele aproxima-se da roda de passe da bola e vai chutando a esfera com a perna esquerda mostrando muita habilidade no trato da bola.
Nesse dia muitos vieram aumentou o número de amigos, uns entraram na roda de conversa, outros no contato com a bola, e foi decidido: a bola seria na praia, aí não deu pra mim a grana na época era curta, quase nada, e o jeito foi trocar alguns toques de bola com aquele jovem que batia bem com a perna esquerda, logo em seguida ele e os outros seguiram pra praia e eu por lá fiquei.
Assim Foi meu primeiro contato com aquele que tive o privilégio de contar com a sua sincera amizade, que se estendeu aos meus genitores, que muito o admiraram.
Valeu irmão, aprendi muito com você.

helenofournier@hotmail.com

Obrigado por comentar.

Um comentário:

Anônimo disse...

cara que bom poder saber que vc star bem, meu amigo fornier com sua risada inconfundivelç. me lembro muito bem desse dia, o prego, chegou de mansinho, bem devagar mesmo, e conquistou a todos nos, afinal, o codozinho era assim, de de gente que gostava de gente, a nossa gente. to muito feliz por essa pagina , pois e atraves dela que nos podemos manter nossas conversas em dia. abraço amigo, stou lutando pra lançar um livro de poesia, se deus quiser ele(o livro) saira.