sábado, 5 de janeiro de 2013

O bem e o mal, a luta eterna



Na nossa vida, sempre vemos e ouvimos estórias e histórias do bem contra o mal. Na infância nos deparamos com uma série muito extensa de estórias em que o bem e o mal se engalfinham e ambos passam por altos e baixos até que definitivamente o bem vença.
Nossos pais e avós enchiam as nossas imaginações com esse tipo de estória. Inventavam muitas delas para nos entreter, acalmar, ninar, adormentar. Eu que sou de uma família de antepassados pouco letrados, sei o quanto a memória oral é importante na transmissão de muitas dessas estórias. Lembro-me de antepassados como dona Surica, contadora de estórias, que ensinava todos os netos a ler, contudo, não os ensinava a escrever, porque não dominava a escrita, apenas lia. A escrita ficava por conta da professora da escola, ou da professora particular.
Nas comunidades negras, as estórias do bem e do mal eram passadas de geração a geração pela memória oral até que a escrita lá chegasse para escrevê-la ou que a televisão viesse enterrá-la definitivamente, ou substituí-la por estórias de heróis e anti-herois outros promovidos pela telinha.
O bem e o mal estão nas ações, nas palavras, no dia-a-dia, na nossa vida, enfim. Costumo dizer que na vida, o que falamos e o que fazemos é como uma bolinha de seringa que se joga na parede. Se for projetada com a força do bem, para o bem de quem a projetou, voltará com a mesma intensidade; caso contrário, se projetada com a força do mal, para o mal de quem a projetou, voltará com semelhante intensidade. Esta é a lição, o recado que as estórias que nossos ancestrais contavam nos emitiam.
Em outras palavras, a malvadeza e a maledicência são as guilhotinas que os malvados, ímpios e maledicentes constroem para si, quando, na verdade, equivocadamente, pensam ser para os outros

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