Por mais que se queira tratar de outras coisas não podemos
negar que a época é de folia. A festa de Baco está na veia de cada brasileiro.
Gostamos do carnaval, não temos por que negar. Aliás, gostamos dos carnavais. É
isso mesmo, dos carnavais. No Brasil temos vários carnavais. O carnaval do Rio
de Janeiro, que tem o seu estilo peculiar e que até pouco tempo era nacional,
com um formato de desfile em passarela, ou sambódromo, que influenciou quase
todo o país. E tanto foi assim que o carnaval de São Paulo seguiu a mesma
linha.
O carnaval da Bahia, que tem o seu forte nos trios elétricos
criados por Dodô e Osmar, cuja continuidade perdura nos tempos hodiernos com um
incremento extraordinário. Também esse carnaval teve o seu momento hegemônico,
influenciando o Brasil inteiro, com as micaretas, chegando mesmo a criar
carnaval nesse estilo onde antes não havia festa significativa nesta época,
como no caso de Fortaleza, cuja micareta denominada Fortal é uma referência
nacional.
Pernambuco tem o seu estilo próprio e o mistura com um pouco
do que existe na Bahia. O frevo pernambucano tem a sua marca eivada de uma
singularidade que nem um outro carnaval no Brasil tem. Ali o carnaval do povo
não só foi mantido, mas também incentivado, apoiado de tal forma que passou para
o Brasil inteiro uma espécie de encantamento que faz de Olinda a cidade mais
original do país no que se refere ao carnaval, ou seja, CARNAVAL, é assim que
se deve escrever a palavra quando nos referimos à Olinda.
Se tivéssemos o apoio, a sustentação que teve o CARNAVAL de
Olinda ao longo dos anos, sem dúvida o carnaval do Maranhão seria, da mesma
forma uma referência mundial. Creiam, o carnaval de São Luís é um dos melhores
do Brasil, com especificidades de encantar qualquer turista que para lá se
dirija com vontade e desprendimento para se divertir. O maravilhoso bloco
tradicional, a casinha da roça, o corso, os Fuzileiros da Fuzarca, são
brincadeiras carnavalescas sem igual. O carnaval de rua ludovicense é muito
gostoso. Nos últimos 20 anos os concursos de marchas carnavalescas têm nos
dados maravilhosas obras. Compositores como Wellington Reis, Sérgio Pinto, Neto
Peperi têm feito belíssimas marchas que fazem a alegria dos foliões que curtem
o carnaval da Ilha embalados pelas bandas e blocos de rua da cidade.
O mundo merece conhecer a Madre Deus, um bairro que a todo
instante se reinventa e, com isso, recria o carnaval da Ilha. É de lá a Turma
do Quinto, Os Caroçudos, Os Fuzileiros da Fuzarca, as tribos de índio, e as
mais recentes brincadeiras como A Máquina de Descarcar Alho, O C de Asa, o
Bicho Terra, um bloco belíssimo com cantores maravilhosos, músicos
profissionalíssimos, tudo de bom. Mas o carnaval da Ilha não é só Madre Deus
tem Esbandalhada, Vagabundos do Jegue, Bandida e muitas outras bandas
maravilhosas.
Agora, se a pessoa é aquele folião que não gosta de maisena,
pó de arroz, confete, serpentina e outras coisas do gênero, tem a passarela do
samba. Lá, das arquibancadas, vai assistir aos desfiles das escolas de sambas,
blocos tradicionais, blocos organizados, blocos afros, tribos de índios. Da
mesma forma, vai sair de lá satisfeito com a beleza da parte do carnaval
ludovicense que envolve desfile na passarela do samba.
Além disso, o carnaval dos bairros cresce a cada ano mais.
Destes, o carnaval do Cohatrac é o mais animado.
No interior maranhense destacamos os carnavais de Cururupu,
Rosário, Itapecuru, Barra do Corda, Pinheiro, Coroatá. Rosário que já havia
inventado o boi de orquestra, criou agora, nos últimos 20 anos a micarroça,
bloco que sai às ruas somente na quarta-feira de cinzas. São mil e quatrocentas
carroças enfeitadas, transportando foliões com as fantasias mais exóticas do
carnaval brasileiro e gente de todo o planeta se divertindo, porque Rosário é
terra divertida.
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