domingo, 26 de outubro de 2014

Combati o bom combate

Quando percebi que a luta pela eleição á presidência do Brasil seria acirrada me senti na obrigação de fazer alguma coisa pela vitória da minha candidata. Não era um sentimento novo, mas uma vontade mais forte de participar do debate, do embate, do combate, enfim.
Na primeira eleição da presidente Dilma Rousseff fui acometido de um sentimento semelhante quando li um artigo fascista ilustrado por dados que pareciam oriundos dos porões da ditadura militar. Senti-me acuado como cidadão brasileiro e fui para luta, escrevi um artigo dizendo a causa pela qual eu a apoiava.
Nessa eleição foi diferente, a luta foi acirrada, o adversário estava ali no calcanhar, fazendo marcação serrada. Senti-me induzido a escrever mais vezes, a empurrar o caminhão de motivos para recondução da Dilma Rousseff à Presidência da República.
Durante os doze anos de governo do partido dos trabalhadores e partidos aliados, o Brasil formou uma classe média que se enxerga agora muito rica e se acha no direito de cuspir no alimento que a nutriu. Contudo, não quero aqui aprofundar este tópico, que, por certo, deixarei para outro momento.
Enquanto os órgãos de comunicação confirmam a vitória da presidente Dilma, eu escrevo mais este artigo, não com a euforia que observo em alguns usuários do whatsApp, mas, com a cautela de um cidadão que sabe da reflexão que o momento requer.
O debate politico que foi travado nessas eleições não foi algo que se deva desprezar na análise e no processo de elaboração do planejamento a ser implementado nos próximos quatro anos. Parte da classe média brasileira se posicionou raivosamente contrária ao que eles denominam de política petista e, ainda, o mapa eleitoral mostra o comportamento das diversas regiões, cujo posicionamento também inspira atenção cautelosa. É evidente que a presidente terá que apoiar os estados e regiões que lhe apoiaram massivamente, mas espera-se, da mesma forma, que ela se preocupe em dissipar as mágoas que levaram determinados estados e regiões a dedicarem apoio massivo ao adversário, sob pena das eleições no Brasil se transformarem numa cartografia eleitoral reveladora de uma contenda entre os de cima contra os debaixo.
Há mudanças reivindicadas por todos os brasileiros, como por exemplo, o combate à corrupção, o término das ferrovias, hidrovias, hidrelétricas, transposição do Rio São Francisco, e tantas outras obras em processo. Precisamos melhorar a nossa infraestrutura produtiva – portos, aeroportos, hidrovias, rodovias e incremento de ferrovias. Este país precisa de ferrovias e de hidrovias para melhor integrar o seu povo e, consequentemente, o processo de produção e distribuição das suas riquezas.
A reforma fiscal também é necessária, presidente Dilma Rousseff. Todos reclamam pelo tamanho dos impostos que pagamos em tudo que fazemos aqui no Brasil. É necessária uma lei que reduza ou acabe com o número de assessores políticos no Estado/União sem vínculo com o serviço público. O setor privado se sente vilipendiado quando observa que o imposto que paga não se converte em benefícios sociais, mas serve apenas para pagamento de uma máquina pesada, improdutiva e, em certos casos, corrupta.
Urge que se façam ações que melhorem de imediato os serviços de segurança, saúde, educação e saneamento básico.
Confio plenamente na presidente Dilma Rousseff, sei da sua seriedade, da sua competência, da sua vontade de executar ações que ajudem no desenvolvimento do Brasil. Vi há pouco o seu discurso de agradecimento ao povo brasileiro e nele me confortou saber que ela está muito disposta ao diálogo com todos brasileiros e brasileiras independente da cor que cada um opta. Gostei da sua disposição, ou melhor, do seu compromisso público de combater a corrupção e de liderar ações com vistas à reforma política.
Creio que o recado das urnas foi claro e bem assimilado pela presidente Dilma. Por isso, resta-me desejar que o Supremo Arquiteto do Universo lhe permita muita saúde para viver dias melhores e propiciar melhoria de vida a todos/as brasileiros/as; sapiência para criar programas e projetos que mais do que satisfazer necessidades dos/as brasileiros/as, realizem nossos sonhos e concretizem as nossas esperanças; determinação para levar a cabo todas as obras iniciadas no interregno dos últimos doze anos. Parabéns, Presidenta! Que Deus lhe abençoe, e a virgem de Aparecida cuide de ti para que poças cuidar bem de todos/as os/as brasileiros/as.

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