Com a ascensão do Sampaio Corrêa Futebol Clube à série B do futebol brasileiro e, ainda, depois da boa campanha feita em 2014, o futebol maranhense elevou a sua autoestima e tacitamente vive uma espécie de “Yes, we can”.
“Sim, nós podemos” – é isto que
fala cada torcedor maranhense que no dia a dia exibe as camisas do Sampaio
Corrêa Futebol Clube em todas as cidades do estado, no Brasil e no exterior.
Aliás, é bom lembrar que jamais um clube de futebol maranhense vendeu tantas
camisas, quanto o Sampaio Corrêa vende hoje.
Lembram que todo maranhense tinha
um clube do coração além do Sampaio Corrêa, Moto Club, Maranhão Atlético Clube,
ou outro clube qualquer do estado? A coisa mudou, hoje muitos dos bolivianos
que torciam por times do Rio de Janeiro, São Paulo, ou de outro estado
brasileiro, agora torcem apenas pelo Sampaio Corrêa Futebol Clube. Só por
provocação eu perguntei para alguns
bolivianos que antes torciam pelo Flamengo, Fluminense, Botafogo, Corinthians,
São Paulo, Palmeiras, Santos, ou outros clubes, por que razão agora eles/as só
torcem pelo Sampaio. Muitos me responderam com outra pergunta: - “pergunte aos
cariocas, paulistas, ou aos brasileiros de outros estados, para qual clube
maranhense eles torcem?”, e completaram, “faça isso e você será motivo de
chacota”.
O estádio não tem lotado
completamente, mas, hoje a média de torcedores no estádio Castelão é de
aproximadamente 15 mil torcedores por jogo. A presença dos torcedores nos jogos
de mando do Sampaio é tão significativa que não raras vezes quando o serviço de
alto-falantes anuncia a renda e o número de pagantes a torcida vaia, porque o
que se vê no estádio diverge muito do que se fala nos meios de comunicação e no
serviço de alto-falantes do Castelão.
Uma rede de lojas esportivas
anunciou que para cada camisa vendida do clube de futebol de maior torcida do
Brasil ela vende três camisas do Sampaio Corrêa Futebol Clube. Veja que essa é
a estatística apenas dessa rede de lojas. Não temos estatísticas das lojas do
clube, que quase sempre estão sem
estoque suficiente para atender o torcedor, além de venderem camisas mais caras
que a rede de lojas esportivas aludida (Lojas do clube – R$ 165,00, rede de
lojas esportivas – R$ 146,00).
São mais de 1600 sócios
torcedores, que quase sem qualquer benefício além da entrada gratuita pagam
mensalmente prestações que variam entre R$ 15,00 e R$ 90,00, esperançosos de
verem o Paio, como chamam carinhosamente, subir para a primeira categoria do
futebol brasileiro. Ainda é muito pouco, mas os serviços de marketing do clube
ainda são incipientes. Há muita coisa a fazer para atrair mais sócios
torcedores. Temos que aprender com clubes como São Paulo, Cruzeiro, Atlético
Mineiro, Grêmio, Internacional, Barcelona. Temos que chamar o torcedor para
dentro do clube, de modo que se desperte nele um forte sentimento de pertencimento.
Outro fato que não podemos deixar
de ressaltar é que hoje o torcedor isolado – o homem que ia só ao estádio –
tende a ser substituído pela família torcedora. Agora a família toda vai ao
estádio vestida com a camisa do Sampaio Corrêa, até porque, graças a Deus, aqui
no Maranhão temos segurança e não temos problema de violência.
Do mesmo
modo que os torcedores do Atlético Mineiro explodiu o grito de “Sim, eu
acredito”, na campanha passada do clube, os torcedores do Sampaio Corrêa têm um
grito preso na garganta de “Sim, nós podemos”, porque todos nós acreditamos na
possibilidade do Sampaio Corrêa fazer essa passagem e, tenho a certeza que num
futuro muito próximo o Castelão explodirá com uma palavra de ordem que
demonstre o crédito que o torcedor boliviano dá ao clube do seu coração, uma
vez que acreditamos que o sonho se realizará, porque, de fato, nós podemos –
“Yes, we can” – sim, nós podemos passar para a série A do futebol brasileiro.
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