quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ciclismo recreativo, uma atividade física fascinante



Quando morei em São Luís, na Avenida dos Holandeses, vi como é imensa a quantidade de pessoas que moram nos bairros pobres naquelas imediações e se deslocam todas as manhãs para o serviço pedalando suas bicicletas. Hoje, vejo movimento idêntico de pessoas do vizinho município do Pindaré Mirim se deslocando para trabalhar em Santa Inês montadas em bicicletas.
Apesar da relevante quantidade de bicicletas no Brasil, e do intenso uso principalmente pelas pessoas de baixa renda, ainda não atingimos no ciclismo a relevância que conseguimos em esportes como o  futebol, vôlei, basquete, ou mesmo no atletismo. Contudo, isso não faz do uso da bicicleta algo menor, pelo contrário, pedalar, cada dia que passa, se torna algo mais fascinante. Talvez seja por isso, que as pessoas que vão para o trabalho pedalando, quase sempre exibem um semblante de felicidade.
Em seu livro “Ciclismo”, Luiz Henrique Rodrigues fala que “Tanto nos eventos grandiosos, como o Race Across América ou o Tour de France, como nos passeios com grupos de amigos, andar de bicicleta é uma atividade que traz consigo toda uma magia, um encantamento que vai adquirindo proporções cada vez maiores à medida que o contato com a bicicleta vai se estreitando”.
O referido autor sabe o que está dizendo e, por certo, já foi acometido desses sentimentos, da magia, do encantamento que é pedalar uma bicicleta. Creio que atualmente estou também hipnotizado pela bicicleta, pelo gosto de pedalar, andar longas distâncias, testar os meus limites, superá-los às vezes, sentir-me, a cada conquista, instado a um novo desafio. Querer poder mais sobre uma bicicleta, querer aprender mais sobre bicicletas, sobre o ciclismo, embora o faça no âmbito da recreação.
Pela primeira vez na vida sinto-me movido pela vontade de ter uma bicicleta. Nunca tive uma bicicleta, na verdade, nunca comprei uma bicicleta para o meu uso. Sempre foi para um filho ou um sobrinho, uma pessoa da família. Até que uma ficou em casa, em desuso e eu resolvi usá-la. Depois de ler um pouco sobre ciclismo fiz-lhe umas adaptações, troquei algumas peças, porém, acho que as adaptações feitas não foram suficientes para superar todas as limitações, embora isso não diminua o meu fascínio pela bicicleta que eu tenho e a denominei de Magricela. Embora o plano de aquisição de uma bicicleta nova seja de médio a longo prazo, já tenho o nome da próxima – será Magrelinha, uma homenagem a música de Luiz Melodia, cantor e compositor do qual sou fã.
 Viajando na ideia de adquirir uma bicicleta nova, iniciei uma caminhada de conhecimento sobre bicicletas: tipo, marcas, tamanhos, preços, materiais, são aspectos sempre presentes nas minhas buscas. Quero compreender mais, ter mais informação sobre bicicletas, não pode ser qualquer uma para dividir o espaço com a Magricela, porque esta é um espetacular exemplo de que a prática de ciclismo recreativo não prescinde de bicicletas de passeio, simples, despretensiosa. Que para pedalar e ser feliz você não precisa comprar a speed ou a montain bike mais moderna e cara, embora não se possa esconder o fascínio que as modernas bicicletas exercem sobre os ciclistas, com seus freios a disco, mecânicos ou hidraúlicos, marchas, seus componentes de fabricação japonesa, com níveis de sofisticação impressionantes, nos deixam com os olhos de crianças em lojas de brinquedos.
A bicicleta nos provoca dois tipos de fascínios – o de pedalar e a admiração pelos novos modelos, com materiais mais leves e resistentes, novos desenhos apropriados às atividades estrada, trilha, velódromo, BMX, são exemplos.

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