Ó Deus, se molho os Vossos pés
Com as minhas lágrimas
As gotas que escorrem pelo chão
São fraquezas que em meu interior guardei
Como um rochedo a conter as águas
Eu fiz-me fortaleza a conter mágoas,
Das injustiças pelas quais passei (E ainda passo, Ó meu
Senhor!),
Sofri, mas soube até aqui conter meus prantos
Para não Te trazer meus sofrimentos,
Ao invés de agradecer-Te pelo pão e a água,
Que mata a minha sede e me limpa
Da imundice que no mundo grassa
E emana da ganância e da corrupção
Confesso que ver meu povo a morrer às mínguas
Sem teto, sem saúde e nas filas
Me deixa em desconserto e a sofrer
Ó Deus, lave com as minhas lágrimas o mundo mal
Para que a gente então possa viver
Livre do preconceito racial
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