Este artigo foi postado por solicitação e por solidariedade ao colega Antônio SORLANGE Freire, pai do Derick Freire.
Definitivamente, não
à violência.
Quando na noite de quarta-feira,
3, o garoto Derick Freire saiu de casa para o curso de Tecnologia da Construção
de Edifícios que ele faz no Instituto Federal do Maranhão - Ifma de Santa Inês,
jamais pensou que seria vítima de tamanha brutalidade. E o pior, sem qualquer
motivo que ele fosse cônscio. Quando o pai do Derick recebeu o seu telefonema
pedindo que fosse buscá-lo na faculdade, de pronto ele pensou que o seu filho
não teria conseguido carona pra voltar pra casa, e disse-lhe: - espere que eu vou mandar o seu irmão lhe
buscar. Foi então que ele, o pai, ouviu uma voz que expressava mais que a
vontade de retornar ao lar, um gemido de dor, humilhação, vergonha e tudo mais
que um ser humano pode sentir quando submetido a um ato de violência cuja causa
desconhece: - pai venha o senhor mesmo, eu fui agredido.
- Como? Perguntou o pai atônito.
– Eu fui agredido, respondeu Derick como um gemido de dor.
Daí então o desespero tomou conta
da família Freire. Derick Freire é um garoto calmo, tímido, educado, de fino
trato com seus familiares e amigos. Nunca se meteu em brigas ou confusões na
rua, ou na escola. Estudioso, passou recentemente num concurso público que fez.
Por que logo ele teria sido agredido?
Pai e irmãos de Derick chegaram
ao Ifma transtornados e tomaram conhecimento que o garoto foi agredido por um
ex-marido de uma colega sua de classe, que abdicara do casamento cansada de ser
tratada a chutes, bofetões e outras agressões físicas e morais. O marido,
inconformado por ser preterido pela ex-mulher passou a segui-la insanamente.
Ela e o colega agredido costumavam pegar carona com uma amiga que reside no
bairro São Benedito e os deixavam nas suas respectivas casas. Daí, erroneamente,
o agressor pensou que o estudante foi a pessoa responsável pela ruptura da sua
relação conjugal.
É drasticamente irônico alguém
que costumeiramente agride a mulher com tanta violência e covardia, achar que
uma terceira pessoa é responsável pelo fim do seu casamento. Pior que tudo
isso, foi o modo covarde como o Derick foi agredido, sem saber sequer do que se
tratava.
Derick recebeu um soco, caiu e
viu seu algoz voar sobre si batendo e dizendo que aquilo era para ele não
acabar mais com casamento de ninguém. E o garoto, coitado, inocentemente, sem
compreender nada naquele momento, perguntava ao agressor: - qual casamento?
qual casamento? Logo em seguida, o agressor se voltou para a ex-esposa e a
espancou muito e, tal como fez com o Derick, covardemente. O pior de tudo, toda
essa violência insana deu-se no âmbito do Ifma, ou seja, de um estabelecimento
federal de ensino, sem qualquer cerimônia por parte do agressor.
A família Freire, como
descendente de homens livres e de bons costumes, sempre integrada a movimentos
sociais voltados ao combate à ignorância, à brutalidade, aos vícios; em favor
da paz, da filantropia, da união dos povos de todas as raças e credos, não
poderia deixar de repudiar todo e qualquer ato que tente contra a integridade
física ou moral da pessoa humana e, assim, como um grito de dor pela agressão
sofrida, dizer: definitivamente, não à violência.
Acreditamos que as autoridades constituídas deste
município, do estado e do país canalizarão o caso, com fulcro nos dispositivos
legais vigentes, para o caminho da justiça, a fim de que o agressor não fique
impune e a paz volte a reinar com a abundância de sempre no seio da família e
da sociedade santainesense.
Obrigado por comentar.