Depois que o David Luís fez o gol
de falta os especialistas do futebol começaram a se perguntar como foi que ele
bateu naquela bola daquele jeito: a bola sai como se fosse para fora e, de
repente, cai dentro da rede. Isto é Brasil? Isto te lembra de alguma coisa?
Galvão Bueno e o Casa Grande, de
imediato, não se lembraram de que essa maneira de bater falta é uma forma bem
brasileira, inventada por um craque chamado Didi – a folha seca. É assim que a
bola cai, como uma folha seca ao vento.
David Luís passou anos treinando
no Chelsea para, enfim ser contemplado pelos deuses que abençoavam o nosso
Didi.
Foi um jogo pegado, sofrido e,
até desleal, pois o Neymar sofreu uma agressão física, que aliás, nem falta
foi, que o tirou de campo: - uma joelhada nas costas de forma grosseira, que
merecia o cartão vermelho, mas, um juiz inseguro, incompetente deixou seguir a
jogada enquanto o nosso craque foi direto para o hospital com uma grave lesão.
Nessa Copa do Mundo, há muitos
craques, mas nenhum foi tão caçado pelos zagueiros como Neymar Jr.. No jogo
contra o Chile, na primeira bola que ele pegou o zagueiro chileno já o agrediu
com uma joelhada na coxa, próximo ao joelho. No jogo contra a Colômbia, ele foi
agredido pelas costas com uma joelhada, sem nenhuma possibilidade de defesa.
Acredito que a causa do Neymar
ser tão caçado nesta Copa do Mundo foi o excesso de visibilidade em que ele é
submetido. Na verdade, Neymar é dono de um futebol bonito, alegre, capaz de
encher os olhos do mundo, mas, ao que parece, ele, ao contrário de craques
como Messi, Cristiano Ronaldo e tantos outros, não se contenta com a
visibilidade que o futebol lhe dar, tenta chamar a atenção do mundo com
excessivas participações em programas de televisão, penteados chamativos e
outras esquisitices.
Também não conheci nenhuma
participação do Brasil em Copa do Mundo em que a seleção brasileira fosse tão
dependente de um único jogador. Nem nos áureos tempos do Pelé, a nossa maior referência
no futebol. Na seleção de 1970, por exemplo, tínhamos Rivelino, Tostão,
Jairzinho, Paulo César e uma plêiade de craques aptos a golear qualquer time
que se metesse à nossa frente.
Creio que os marqueteiros do Neymar têm que
repensar a sua carreira e, nesse aspecto, ele bem poderia seguir exemplos de
craques como Pelé, Rivelino, Tostão, Carlos Alberto Torres, Romário, Bebeto,
Gérson, que preferiam ser vistos pelo que faziam dentro de campo, sem
essa pirotecnia chamativa e desnecessária.Obrigado por comentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário