terça-feira, 8 de julho de 2014

A folha seca de David e a visibilidade excessiva de Neymar

 Depois que o David Luís fez o gol de falta os especialistas do futebol começaram a se perguntar como foi que ele bateu naquela bola daquele jeito: a bola sai como se fosse para fora e, de repente, cai dentro da rede. Isto é Brasil? Isto te lembra de alguma coisa?

Galvão Bueno e o Casa Grande, de imediato, não se lembraram de que essa maneira de bater falta é uma forma bem brasileira, inventada por um craque chamado Didi – a folha seca. É assim que a bola cai, como uma folha seca ao vento.
David Luís passou anos treinando no Chelsea para, enfim ser contemplado pelos deuses que abençoavam o nosso Didi.
Foi um jogo pegado, sofrido e, até desleal, pois o Neymar sofreu uma agressão física, que aliás, nem falta foi, que o tirou de campo: - uma joelhada nas costas de forma grosseira, que merecia o cartão vermelho, mas, um juiz inseguro, incompetente deixou seguir a jogada enquanto o nosso craque foi direto para o hospital  com uma grave lesão.
Nessa Copa do Mundo, há muitos craques, mas nenhum foi tão caçado pelos zagueiros como Neymar Jr.. No jogo contra o Chile, na primeira bola que ele pegou o zagueiro chileno já o agrediu com uma joelhada na coxa, próximo ao joelho. No jogo contra a Colômbia, ele foi agredido pelas costas com uma joelhada, sem nenhuma possibilidade de defesa.
Acredito que a causa do Neymar ser tão caçado nesta Copa do Mundo foi o excesso de visibilidade em que ele é submetido. Na verdade, Neymar é dono de um futebol bonito, alegre, capaz de encher os olhos do mundo, mas, ao que parece, ele, ao contrário de craques como Messi, Cristiano Ronaldo e tantos outros, não se contenta com a visibilidade que o futebol lhe dar, tenta chamar a atenção do mundo com excessivas participações em programas de televisão, penteados chamativos e outras esquisitices.
Também não conheci nenhuma participação do Brasil em Copa do Mundo em que a seleção brasileira fosse tão dependente de um único jogador. Nem nos áureos tempos do Pelé, a nossa maior referência no futebol. Na seleção de 1970, por exemplo, tínhamos Rivelino, Tostão, Jairzinho, Paulo César e uma plêiade de craques aptos a golear qualquer time que se metesse à nossa frente.
Creio que os marqueteiros do Neymar têm que repensar a sua carreira e, nesse aspecto, ele bem poderia seguir exemplos de craques como Pelé, Rivelino, Tostão, Carlos Alberto Torres, Romário, Bebeto, Gérson, que preferiam ser vistos pelo que faziam dentro de campo, sem essa pirotecnia chamativa e desnecessária.

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